sexta-feira, 22 de março de 2013

Matéria no NE10

O Projeto de Francês saiu hoje, 22 de março de 2013, no site do Jornal do Commercio. Confiram um pouco do que aconteceu:

Uma das áreas mais pobres do Recife ganha um suave sotaque francês. Na comunidade Caranguejo Tabaiares, Ilha do Leite, Zona Oeste da cidade e onde um incêndio destruiu, nesta quinta-feira, mais de 20 barracos, crianças recebem aulas de francês. O ensino integra projeto da biblioteca comunitária instalada logo à entrada da comunidade e, quando a reportagem do NE10 chegou ao local, no início desta semana, foi logo recebida pela criançada falando "Bonjour, comment tu t'appelles?" ("Bom dia, como você se chama?").
A primeira impressão do local foi a melhor possível. Em alguns poucos metros quadrados onde a professora voluntária Lorena Santos dava aula, sob um calor e com as dificuldades inerentes a uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), havia o poder transformador da educação visto na prática. 


Com média de 12 alunos por aula, o projeto "Les Crabes", que quer dizer "Os Caranguejos", está na comunidade há mais de dois anos. Ele surgiu numa parceria em 2009 entre a Prefeitura do Recife (PCR) e a Prefeitura de Nantes, na França. As duas cidades são consideradas irmãs, pela semelhança geográfica e por uma Lei Ordinária do Recife de 2005.

Após o primeiro envio de um livro escrito por crianças francesas, os recifenses retornaram com outro livro feitoo pelas crianças da comunidade. O intercâmbio cultural possibilitou a troca de cartas, e-mails e videoconferências. "No início do projeto, a Prefeitura do Recife fez uma parceria com a Aliança Francesa e 12 jovens da comunidade começaram a estudar francês. Mas o tempo foi passando e alguns estudantes foram desistindo do curso e a Prefeitura (do Recife) deixou de cumprir o que tinha prometido", conta um dos fundadores e o atual coordenador da biblioteca, Reginaldo Pereira. Segundo ele, a PCR deixou de disponibilizar o transporte até o curso e verba para a biblioteca.

Com o curso parado, a parceria foi quebrada. "Chegavam e-mails e cartas em francês para nós e o tradutor online já não dava conta. Foi então que fui na Aliança Francesa pedir um apoio novamente, pois o projeto tinha que continuar. Não conseguimos o apoio institucional, mas a Lorena, que trabalha na Aliança, se sensibilizou com nossa situação e desde o ano passado é voluntária na biblioteca", explica o coordenador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário