domingo, 30 de junho de 2013

Seminário II - Seminário Contar Histórias e Formar Leitores na BCCT

E Ester Calland de Souza Rosa, que já é nossa amiga e parceira na caminhada e na nossa formação interna e já conhece a biblioteca falou do reconhecimento da comunidade e da própria sociedade nessa atividade e da capacidade que a equipe tem de realizar os trabalhos com muita motivação e conta que o ponto mais forte que pôde destacar ao longo do Seminário foi a possibilidade da força de contar histórias, falou sobre a experiência de ouvir e contar histórias, a troca de palavras que as crianças da BCCT fazem com as crianças da França e destaca: é necessário começar a valorizar de novo a arte de contar histórias e que este não é um ato prático mais que é importante dar tempo aos nossos encontros com a imaginação e a palavra. Criar a possibilidade de sair desse mundo das coisas praticas e poder desenvolver as coisas fictícias da vida através da leitura é muito importante.

Abrindo a roda de troca de experiências Ivana do Programa Manuel Bandeira e que já fez mediação na Semana do Conto disse que se via na fala de Ester e que as pessoas que participam de momentos como a Semana do Conto e outras atividades de contação de história são fisgadas e que depois de fisgadas não deixam de sentir vontade, necessidade de estar nesses ambientes onde existe a contação de história e que precisamos ter esses momentos para se sentir equilibrado, para sonhar e consegui realizar esses sonhos, vamos desenvolvendo outras capacidades, de nos conhecer, de se ver no grupo, são estas,  capacidades relativas ao conhecimento e à descoberta e assim  vamos trilhando nosso caminho.


Continuando a conversa e completando a fala de Ivana uma professora da Escola Municipal Novo Pina diz que se descobriu dentro da biblioteca como professora e com essa descoberta melhorou até mesmo a sua auto estima, em sua fala a professora diz que se emociona, pois não se via uma pessoa feliz antes de estar dentro de uma biblioteca, acredita no que faz e sabe que faz a diferença e confirma que mesmo quando se aposentar vai querer continuar com a leitura em sua vida.

Dr. Fátima Pinheiro, contadora de história veterana da Semana do Conto diz que as histórias tem o poder de cura e que pôde perceber isso no hospital das Clinicas onde trabalha e narra que descobriu um novo mundo como contadora de história e diz que o hospital teve uma grande conquista, ganhou uma biblioteca que não é técnica, só com livros literários e infantis e convidou todos para participar de um sarau que acontece de dois em dois meses e que em julho vai acontecer no dia 02, próxima terça-feira com homenagem à Chico Buarque e Cora Coralina, 10 horas da manhã na portaria 4 do Hospital das Clínicas.

Solange que também já esteve em muitas Semanas do Conto, mas que se declara aposentada, diz que passou muito tempo envolvida com as escolas e com o mundo externo, mas que nessa nova etapa de sua vida está procurando seu mundo interno no lar, seu momento, mas embora esteja um pouco afastada do mundo escolar tem vivido a experiência de ter uma vizinha idosa que a fascina pela possibilidade de conviver com suas história e diz que saiu do campo das histórias infantis e passou a se envolver com clássicos populares, pessoas do seu convívio que contam grandes histórias, com uma linguagem nova e com isso ela descobre novas teorias e práticas. E completa dizendo que os grandes clássicos vieram de coisas simples e que está adorando a experiência de conviver com uma pessoa analfabeta, mas que tem tudo pra contar.

A conversa cada vez mais instigante fez com que Auda, uma de nossas mediadoras comentasse sua experiência na BCCT, em sua fala, disse que passou um ano e alguns meses fora da equipe mas que agora retornando se vê diante das crianças pegando livros e que põe isso como um resultado bom para a biblioteca e que enxerga a biblioteca como um point das crianças da comunidade que ficam sempre na porta da biblioteca e que a partir disso a comunidade de leitores vai crescendo.


Reginaldo, coordenador da BCCT, trouxe um pouco de sua experiência e os desafios de manter esse espaço dentro da comunidade, ele relata que não vem de uma família de leitores e que, quando Cleonice o convidou para fazer essa gestão junto com outros 4 jovens a biblioteca tinha pouquíssimo movimento e que num encontro para formação de leitores em Gravatá começaram a pensar na possibilidade de fazer a Semana do Conto vendo que existiam os livros mas que não tinha ninguém ali e foi a partir dessa iniciativa que surgiu um esboço da primeira Semana do Conto e que a biblioteca alavancou muito na quantidade de público e que quando começou a se unir à Rede melhorou sua formação com a parceria do Cepoma se abrindo para nos receber em sua formação de mediadores conhecendo um pouco da literatura e da pintura que Urian Agria, que é artista plástico, fazia na istituição.
Continuou dizendo que a principal Característica da Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares é a presença de jovens e o seu desejo é fazer com que esses jovens possam se encontrar e ver em si um perfil profissional e diz estar na universidade através da biblioteca e para melhorar o seu trabalho na mesma e menciona que o reconhecimento dos parceiros e a relação com a Releitura é o que tem feito com que essa experiência pudesse se tornar real.

E que quando Carminha propôs esse Seminário foi uma proposta a voltar no tempo para podermos dimensionar o tamanho do que a proposta tomou e em seguida apresentou 13 livros que foram feitos com todos os desenhos das crianças que participaram das edições anteriores da SCH.

Suely, ex mediadora da BCCT, disse que, como Reginaldo, não vem de uma família que tem o hábito da leitura e que através desse espaço sentiu desejo pela literatura e pela sua formação pessoal e que por meio da biblioteca concluiu o curso técnico de administração na FCAP, onde trabalha atualmente. Fala do encantamento que tem pelo livro "Estrelas Tortas" de Walcir Carrasco e que se encantou com esse livro junto com sua irmã e narra: "a biblioteca foi uma oportunidade que tive e nem imagina um mundo tão saudável que é o hábito da leitura", falou também da experiência que teve com a língua francesa e que se vê como resultado da biblioteca e que antes precisava fazer pesquisas escolares precisava ir para a Biblioteca de Afogados, mas que com a biblioteca na comunidade tudo se facilita.
Ester complementa-a dizendo que as pessoas achavam que a principal função da biblioteca é fazer pesquisa escolar, mas que é uma boa escolha a biblioteca ter uma nova cara, a cara da literatura.

Passando a bola na conversa, Lúcia Helena, comentou estar muito feliz em participar dessa história, ela que foi nossa formadora na oficina Voz e História e diz que contribuiu para que a palavra tenha uma colorido e que as pessoas se tornem gente e o quanto essa experiência é rica no sentido de humanizar e o quanto faz colorir fazendo quando as pessoas se reconhecem como autoras e reconhecem a comunidade.

Jéssica, que hoje é bibliotecária, mas que ajudou na organização da 1ª Semana do Conto comenta sua insatisfação com a falta de bibliotecários nesses momentos e continua dizendo que nem tinha iniciado o curso de biblioteconomia quando entrou na biblioteca e que na BCCT conheceu pessoas e aprendeu muitas coisas com a equipe; passava os finais de semana 'trancafiada' na biblioteca fazendo os processos técnicos do livro. Foi para uma capacitação do governo do estado com Reginaldo e os demais jovens e com isso decidiram movimentar a biblioteca com a SCH e conclui: 13 encontros com profissionais envolvidos e muitas crianças envolvidas, um sucesso. Comentou as dificuldades e diz que é muito gratificante estar nessa história e ver o sucesso da ação e parabeniza a equipe e as crianças. a biblioteca é um organismo vivo.

Kaylane, uma das crianças que participa das atividades da biblioteca instigou outras crianças a cantarem a musica "Ou clair de la lune" e como cantou em francês contou, em seguida, a história da música e que nem estava na programação mas que foi outra bela surpresa da contação de história na biblioteca.

E Mariana Marília, frequentadora da BCCT comenta o quanto se apaixonou pela poesia "O Vento" de Lucia Helena e que quanto mais a gente vê e ouve fica maravilhada e que a leitura deve ser como uma doença que contagia, criando oportunidades para fazer com que as pessoas se interessem e que contar histórias é como uma sementinha que faz as pessoas despertar os sonhos e crescer..
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